quarta-feira, 11 de junho de 2008

zeitgeist

para quem não sabe, essa palavra em alemão significa "espírito do tempo"; ainda que seu uso em filosofia possa ter algo de metafísico, diversos autores a utilizam de acordo com uma concepção um pouco mais próxima do materialismo-histórico (ou se preferirem, da dialética marxista), uma vez que esse conceito pode se relacionar à idéia de que estamos presos na historicidade da vida; vivemos um determinado momento histórico e somos marcados por ele, ou seja, tudo que somos reflete uma influência histórico-social; nossas ações trazem marcas de todas as variáveis políticas, econômicas e culturais da época em que vivemos; não podemos viver além do nosso tempo; em outras palavras (sempre que falo isso lembro da música de caetano...), é como se não pudéssemos dar passos maiores do que as pernas... essa forma de pensar a realidade (falo da realidade socialmente construída, para usar um termo dos sociólogos, também alemães, peter berger e thomas luckman) fundamenta, à título de exemplo, a perspectiva de se fazer história de modo contextualista, ou melhor, sem pensá-la ingenuamente como mera sucessão de personagens e/ou personalidades; podemos ler biografias sim, mas elas serão tanto melhores se integradas aos aspectos "cronológicos" vividos pelos protagonistas...

filosofia à parte (ou filosofando um pouco mais), o famoso físico inglês stephen hawking uma vez sugeriu o seguinte desafio: e se pudéssemos viajar até o fim do universo e colocar o dedinho para fora?

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